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domingo, 6 de março de 2011

Duas Meninas.




As duas chegaram rindo; pareciam rir de uma piada muito engraçada e exclusiva, trocavam cochichos uma no ouvido da outra. Com trajes tão funesto preto, cabelo escorrido e lápis contornando os olhos não condizia com a alegria das duas, que se seguravam uma na outra para se manter em equilíbrio tamanho o impulso que tinham ao rir. As risadas foram diminuindo e se transformaram num sorriso e o sorriso sumiu e ambas se encararam por um tempo, ate a mais magricela com tinta azul no cabelo abraçar espevitada a outra garota, que a principio, pega de surpresa não reagiu, mas em seguida retribuiu ao abraço tão caloroso, acariciaram o cabelo um da outra e seguravam as mãos com os dedos entrelaçados e só detinham do contato visual quando se abraçavam.
Existia amor nisso tudo?!
Sim, com certeza...Talvez na inocência às vejo nova demais para tal esclarecimento de idéias e opção, mas era certo que havia amor e era simples e puro, modesto e estonteante a seu modo tão singular.
Acredito não ter o dom de palpitar, mas não resisti de ao menos tentar em palavras citar, as cenas por mim vistas.
Eram duas meninas, duas amigas... Talvez mais que amigas;
Talvez mais que meninas.